Josy tinha 7 anos quando seu pai morreu. Uma menina desligada e extrovertida ela encontrava nos olhos de seu pai o complemento para o seu encanto e felicidade.
Foi na casa de sua tia que a notícia chegou, todos estavam aflitos a espera de novidades que quando veio trouxe a tristeza junto com ela. A irmã de josy se pôs a chorar, soluçar, entristecer, já a garota fez-se pensativa, compreensiva, conformada, mostrando-se forte e enganando aos outros e a si mesma, pois foi naquele instante que josy sentiu o que jamais havia sentido antes, sentiu-se que um pedaço de si estava sendo arrancado, equilibrou o terremoto interno e a quietude externa, sem saber que assim estaria cada vez mais presa em seu sofrimento.
No velório; uma lamúria, e como uma menina forte, josy obteve a todo momento seriedade, até que no meio da noite a sua professora chamou-a até a fora apontou uma estrela e disse:
_ Está vendo aquela estrela mais brilhante?
_ Sim - Respondeu sem entender
_ O teu pai virou uma delas e estará sempre por perto.
A menina tentou se segurar, mas não conseguiu e a primeira e única lágrima caiu do seu rosto.
Josy sempre sofreu sozinha, chorava a noite sem que ninguém escutasse, poderiam até não saber, mas ela em silêncio era a que mais sofria, afinal era o seu herói que tinha ido embora, era a sua base, seu xodó, seu colo, seu sorriso, seu professor, seu exêmplo, seu amigo, seu PAI.
Hoje 9 anos passados, nada mudou em seu coração, nem o amor, nem a dor.
Recordando-se sempre de cada momento, josy tem em seu coração um pedaço preto e branco que nenhum ser tem o poder de ornar.
E essa menina consegue disfarçar muito bem todo esse sofrimento...
ResponderExcluirA morte não é fácil, devemos nos prender na ideia de que "somos pó e ao pó vamos voltar", Deus guarda para nós um lugar muito melhor do que esse, o pai de Josy concerteza está em um bom lugar!