domingo, 31 de janeiro de 2010

• A Flor de Moura


A Flor de Moura


Eu sou uma flor, uma pequena perto das enormes pétalas brilhantes ao meu lado. Elas quase não me notam, conversam comigo, mas não tenho papo e nem a sintonia que elas tem, principalmente quando estão juntas. Às vezes me sinto mal por isso. Às vezes não! É difícil ver que eu não sou igual as tais.

Numa primavera diferente, a flor sorridente estava perto de mim. Nossa a tanto tempo que ela não aparecia, nem lembrava mais como era o seu sorriso. Foi quando ela me disse Oi, e eu respondi. Contudo, os dias foram passando, passando e quando eu me dei conta, éramos iguais quando estávamos juntas, mesmo ela sendo uma flor com pétalas brilhantes e eu uma flor comum.

Um dia a flor sorridente me disse: “você é tão imperceptível, que se fosse embora, quem observaria quando um cravo estivesse por perto? Se você não estivesse, quem ouviria cada uma de nós em nossos momentos de inverno? Se não estivesse por perto, eu seria fraternalmente orfã”

A flor sorridente me fez ver que minha sombra era do mesmo tamanho que todas as outras flores, mas a minha vontade de ser como elas, era grande demais para eu enxergar que estava plantada um pouco mais a frente e obviamente minha sobra sombra seria menor. Assim como em maioria, as flores cobriam-me quando o sol estaria ao seu lado, ofuscando meu brilho. A flor sorridente me fez descobrir que mesmo sendo igual às outras, eu sempre serei diferente e me sinto extremamente bem por isso.

Moral da história: “Não deixe que a sua diferença abale seu comportamento ou emoções, lembre-se uma flor azul sempre se destaca entre as vermelhas.”

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